Curto e grosso: quase nunca é. Os leilões de imóveis no Brasil acontecem porque o anterior morador não pagou suas dívidas e teve seu contrato de financiamento imobiliário (hipoteca) rescindido pelo Banco ou porque tinha dívidas e seu patrimônio foi penhorado pelo juiz, incluindo-se o imóvel que vai a leilão.
Portanto, por trás do negócio sempre haverá uma pequenina “tragédia” e as chances de você arrematar o bem e depois ter que brigar na justiça para remover o anterior ocupante do imóvel são bem grandes. Há, inclusive, casos de antigos moradores que cobram ágio para sair da casa ou apartamento, e o arrematante paga correndo para ficar livre da confusão, já sabedor que na justiça a reintegração de posse contra o ocupante incômodo pode demorar anos para se resolver.
É claro que o risco muda exponencialmente se o imóvel for comercial e não estiver ocupado, o que você resolve investigando e indo até o local, além de simples pesquisas na internet. Neste caso, prefira os bens de massas falidas ou de empresas em recuperação judicial. Geralmente são redes de lojas e conglomerados outrora poderosos que ocupam os próprios imóveis e tem interesse em desocupá-los rapidamente. Neste caso, o leilão apenas intermediará o que na prática poderia bem ser uma compra e venda normal e amigável.
Os preços dos imóveis nos leilões são inicialmente bem baratos . Você sabe: começa tudo com um lance mínimo, que pode ir subindo conforme a sucessão de lances, isto em pregão presencial ou virtual. Não se esqueça de colocar no valor da arrematação também o que você vai gastar com custas de cartório, despesas com o leiloeiro (que tem uma parte do valor do lance vencedor) e advogado, etc… A conta não vai ficar tão baixa assim não.
Por fim, a aquisição de imóveis em leilão é coisa para profissional, para quem vive disso. Se você está de olho na casa própria ou na sede social própria do seu primeiro micro negócio, fuja de leilões. Você é uma criança brincando com brinquedos de gente grande.
