Imóveis durante a Pandemia – o que muda?

O distanciamento social ocasionado pela pandemia provocou uma necessidade de isolamento das pessoas em casa, de acolhimento e de lazer e diversão dentro do próprio lar. Nunca antes foi tão necessário o aconchego da casa (ou apartamento) em tempos de Covid-19.
Isto porque a pandemia causou uma novidade na ocupação dos espaços físicos ao redor das pessoas, justamente por conta do distanciamento. Para garantir o “novo normal” sem aglomeração ou ocupação de espaços públicos, o trabalho remoto virou uma realidade, e a dedicação de algum espaço doméstico para esta atividade remuneratória, que garante a sobrevivência de toda a família, se tornou imperiosa.
Por conta do trabalho remoto, ou do Home Office, espaços internos tiveram que ser refeitos ou desfeitos, e surgiu uma crescente demanda por um “quarto extra” em inúmeras habitações. As casas e apartamentos de quatro ou cinco quartos, que antes eram um “mico” difícil de vender e que ninguém queria comprar, de repente se tornaram bastante rentáveis para comercialização.
Também no mobiliário houve mudanças: as estantes e escrivaninhas, antes relegadas aos ambientes profissionais, retornaram para dentro de casa. Isso trouxe a necessidade de adequação de quartos e salas e criação de nichos para instalação de estantes ou adaptação de móveis para servir de mesa de trabalho.

Parece que o trabalho remoto surgiu para ficar, mesmo depois da pandemia: ele é mais barato para as empresas. Bem, há consequências negativas diretas disso perante o mercado imobiliário, as salas comerciais imponentes e os grandes escritórios de aluguéis caros foram esvaziados e agora permanecem disponíveis para locação, com preço vertiginosamente em queda. Os espaços corporativos compartilhados, daqui para a frente, serão reduzidos ao indispensável.
As placas de acrílico, mais que a Covid, distanciarão as pessoas dentro do espaço profissional, e o atendimento a distância ou on line será a via preferida e eleita pela maioria dos grandes conglomerados. Você já viu onde isso vai chegar no mercado de imóveis, né? Grandes agências  bancárias ou lojas de departamento vão simplesmente optar por sedes físicas mais enxutas e menores, com menos colaboradores e espaço interno mais otimizado e seguro.
Portanto, vai aí a dica: nunca antes foi tão importante o menor contato físico entre as pessoas, e o mercado imobiliário terá obrigatoriamente que apostar nisso na hora de lançar produtos para venda ou locação, priorizando sempre higiene e segurança. A era dos arranha céus acabou. As pessoas preferem escadas por motivos de saúde, e elevadores vão ter que possuir acionamento à distância. Imóveis comerciais se tornarão residenciais, aluguéis vão ficar mais baratos e lares domésticos deverão se adaptar ao trabalho remoto. Esta é a tendência para não perder dinheiro, hoje, no mercado imobiliário.

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